O projeto que anistia os envolvidos no 8 de Janeiro voltou à pauta de discussões na Câmara depois que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a articular para que o texto seja votado na Casa.
Segundo o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), o clima para que a proposta avance cresceu entre os líderes partidários. Disse que o ambiente “mudou” e que agora há uma “boa vontade” por parte da direita e do Centrão. Tarcísio teria sido um dos pivôs da mudança.
“A gente acha um grave erro qualquer discussão para pautar a anistia. Existe essa discussão, cresceu esse movimento com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas [em Brasília], de colocar em discussão a anistia para depois do julgamento”, disse Lindbergh a jornalistas depois da reunião de líderes.
Segundo o petista, a ideia da oposição é pautar o projeto depois do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF. Ainda não há um texto fechado.
A proposta tem apoio do PL, PP, União Brasil e Republicanos –partido do presidente da Câmara, Hugo Motta (PB). Juntas, as siglas têm 292 deputados. Ou seja, maioria necessária para aprovar o projeto.
O governador de São Paulo é hoje o principal nome para substituir Bolsonaro –que está inelegível.
Tarcísio chegou a Brasília nesta 3ª feira (2.set.2025). O governador disse que na 6ª feira (29.ago) que seu 1º ato caso fosse eleito e assumisse a Presidência seria conceder um indulto a Bolsonaro.