O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta 2ª feira (14.jul.2025) que terá reuniões com representantes de ao menos 14 setores da indústria e do agronegócio na 3ª feira (15.jul), na sede da pasta que comanda, em Brasília. Na pauta estão as tarifas de 50% prometidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), a partir de 1º de agosto.
Serão duas reuniões, segundo Alckmin, uma às 10h e outra às 14h. A 1ª terá representantes da indústria e a 2ª, do agro. A iniciativa já faz parte do trabalho de um comitê a ser criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o ministério da Indústria, da Fazenda, da Casa Civil e das Relações Exteriores.
Eis os setores que devem estar presentes na reunião das 10h:
Além dos 4 ministérios que compõem o comitê, também participará da 1ª reunião o Ministério de Portos e Aeroportos.
O decreto com a criação oficial do comitê está em fase de finalização no Palácio do Planalto e deve ser assinado ainda nesta 2ª feira (14.jul). É o mesmo documento que também regulamentará a Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso em abril deste ano. A expectativa no governo é que este seja publicado no Diário Oficial até 3º feira (15.jul).
No caso da reunião das 14h, além do comitê, participarão os ministérios da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Agrário.
Eis os setores que serão ouvidos nesta 2ª reunião:
O objetivo é ouvir as impressões de quem potencialmente serão os mais afetados pelo tarifaço promovido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que deve entrar em vigor em 1º de agosto.
Segundo apurou o Poder360, Lula reforçou aos ministros a necessidade de diálogo com os empresários e de tentar uma saída negociada com os norte-americanos.
A nova política tarifária dos EUA atinge diretamente a indústria brasileira. A Casa Branca argumenta que as tarifas buscam proteger a produção interna norte-americana em setores considerados estratégicos. O governo brasileiro considera a medida inadequada e estuda retaliações com base na Lei de Reciprocidade Econômica.