O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta 3ª feira (15.jul.2025) que encaminhará uma 2ª carta ao governo dos Estados Unidos para negociar os termos comerciais das relações entre os países.
Alckmin recebeu nesta 3ª feira (15.jul.2025) representantes da indústria para tratar das tarifas de 50% dos Estados Unidos contra a exportação dos produtos brasileiros. Ele afirmou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou uma carta aos EUA há 2 meses com temas comerciais e de informações “confidenciais”. Não foi respondida. O vice-presidente disse que encaminhará um novo documento ao país norte-americano para solicitar um posicionamento do Executivo dos Estados Unidos.
“Nós enviamos uma carta há 2 meses, uma carta confidencial, sobre tratativas de acordo de entendimento, mas não obtivemos resposta. Vamos encaminhar dizendo: aguardamos a resposta e continuamos empenhados em resolver esse problema”, declarou.
Alckmin disse que o governo Lula trabalhará para reverter o tarifaço dos Estados Unidos até agosto, quando a medida começa a valer. Afirmou também que, se necessário, tentará prorrogar o prazo imposto por Trump.
“Nós queremos resolver o problema e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar neste sentido”, disse Alckmin.“O prazo é exíguo, mas vamos trabalhar para tentar avançar o máximo neste prazo”, completou.
Os seguintes ministros participaram da reunião:
Entre os convidados também estavam:
Eis a íntegra da lista de presentes da reunião (PDF – 89 kB).
O objetivo da reunião é ouvir as impressões de quem serão os mais afetados pelo tarifaço promovido pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo apurou o Poder360, Lula reforçou aos ministros a necessidade de diálogo com os empresários e de tentar uma saída negociada com os norte-americanos.
A nova política tarifária dos EUA atinge diretamente a indústria brasileira. A Casa Branca argumenta que as tarifas buscam proteger a produção interna norte-americana em setores considerados estratégicos. O governo brasileiro considera a medida inadequada e estuda retaliações com base na Lei de Reciprocidade Econômica.