• Sábado, 15 de março de 2025

"Água esfriou", diz Zeca Dirceu sobre crise na sucessão do PT

"Água esfriou", diz Zeca Dirceu sobre crise na sucessão do PT | Brasil

O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) afirmou neste sábado (15.ar.2025) que a “água esfriou” na crise interna em torno da sucessão do comando do PT.

“Ele [Edinho] está se consolidando”, disse Zeca Dirceu, ao chegar para a festa de 79 anos do pai, o ex-ministro José Dirceu, que reuniu a militância petista no centro de São Paulo para comemorar seus 79 anos com uma feijoada. A eleição interna do PT está marcada para 6 de julho.

Ex-prefeito de Araraquara e nome apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo, Edinho Silva sofre resistência por parte do PT devido ao seu perfil moderado, considerado menos combativo que Gleisi Hoffmann, que deixou a presidência do partido para ocupar o Ministério das Relações Institucionais, responsável pela articulação do governo com o Congresso.

Em 20 de fevereiro, Edinho participou de um almoço promovido pelo empresário Márcio Toledo e sua mulher, a ex-prefeita Marta Suplicy, em São Paulo. Entre os presentes estavam o ex-senador tucano José Aníbal e o ex-ministro emedebista Nelson Jobim. Também estava lá o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, que em delação premiada disse que Lula recebia propina. Palocci deixou o PT e virou persona non grata no partido. No encontro, Edinho defendeu a união da esquerda com o centro para combater o bolsonarismo em 2026.

Os integrantes da corrente majoritária do PT, chamada CNB (Construindo um Novo Brasil), receberam Lula em 6 de março numa reunião realizada no apartamento de Gleisi em Brasília. No encontro, falaram do desconforto com Edinho e na resistência a seu nome. Apresentaram então como alternativa o senador e presidente interino do PT, Humberto Costa (PE), o presidente da fundação Perseu Abramo, Paulo Okamoto, o deputado federal Rui Falcão (SP) e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE).

Três dias depois, num evento no interior de São Paulo, Edinho afirmou que a existência da reunião de Brasília foi vazada para imprensa para constranger Lula, como “instrumento de luta interna”entre os petistas.

 

Por: Poder360

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