Abras: ICMS zero na cesta básica baratearia os alimentos imediatamente
Uma das propostas do governo para baratear os alimentos é pedir aos estados que não cobrem o ICMS sobre produtos na cesta básica
O vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (), Marcio Milan, disse, nesta quinta-feira (20/3), que a isenção do em produtos na seria uma “medida imediata” capaz de reduzir os preços dos .
“O que temos visto é que esse movimento está criando corpo. Alguns estados estão fazendo estudos nesse sentido. Nós acreditamos que seria uma medida imediata, que traria uma redução de preços”, afirmou o representante dos supermercados em entrevista coletiva.
Segundo ele, a associação tem se mobilizado para convencer os governadores a antecipar a implementação da.
Comida mais cara
A inflação tem castigado os brasileiros ao elevar os preços dos alimentos que chegam às mesas. A principal explicação, segundo o governo, está nos fenômenos climáticos extremos.
Nos últimos 12 meses até fevereiro, a inflação dos alimentos acumula alta de 7,10%.
A principal aposta do governo para reverter a situação é a “supersafra” agrícola prevista para este ano.
O governo federal decidiu isentar o imposto de importação (II) de 11 alimentos. A decisão, unânime, tem caráter emergencial e ficará em vigor por tempo indeterminado. O foco é frear o avanço dos preços.
A alta no preço dos alimentos preocupa o governo Lula (PT), que vê reflexos na popularidade.
ICMS zerado
Uma das propostas do governo federal para baratear os alimentos é pedir aos estados que não cobrem o ICMS sobre produtos na cesta básica. O pedido, no entanto, não foi bem aceito por alguns governadores.
Vale lembrar que o governo federal não tributa os alimentos, ou seja, não há incidência do Programa de Integração Social e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins).
Nessa quarta-feira (19/3), a Secretaria de Política Econômica (SPE) do indicou que a isenção do imposto estadual em produtos na cesta básica contribuiria com a queda da inflação de 2025.
Segundo cálculos, . No caso da inflação de alimentos, o impacto da isenção seria de uma redução de 2,91 pontos percentuais.
Novo voucher alimentação trará economia de R$ 7 bilhões
O vice-presidente da Abras ainda estimou que, se a reformulação dos vouchers de alimentação for aprovada, pode gerar uma economia de R$ 7 bilhões para o setor atacadista.
Milan disse que esse montante seria transferido “imediatamente para os produtos da cesta básica”, o que poderia baratear em 2% os preços dos alimentos que compõem a cesta básica.
Por: Metrópoles