8 hábitos simples podem reduzir risco de demência em diabéticos tipo 2
Estudo mostra que manter hábitos saudáveis pode proteger o cérebro mesmo em pessoas com alto risco genético para demência
Ter uma boa saúde cardiovascular pode ajudar a compensar o risco de desenvolver comprometimento cognitivo leve e demência em pessoas com diabetes tipo 2 — mesmo entre aquelas com maior predisposição genética ao declínio cognitivo.
A conclusão vem de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Tulane, em Nova Orleans (EUA), e divulgado nesta segunda-feira (3/11) em comunicado pela (AHA).
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De acordo com o estudo, pessoas com diabetes tipo 2 têm mais chances de sofrer declínio cognitivo devido a fatores como obesidade, pressão alta e resistência à insulina.
“Nosso estudo constatou que também pode reduzir o risco de comprometimento cognitivo em pessoas com diabetes tipo 2”, explicou a autora principal, Yilin Yoshida, professora assistente de medicina na Universidade de Tulane.
Para investigar se a saúde cardiovascular poderia amenizar esse risco, os pesquisadores analisaram dados de mais de 40 mil adultos com diabetes tipo 2 cadastrados no UK Biobank, banco de dados que reúne informações de mais de 500 mil britânicos. Os participantes foram acompanhados por cerca de 13 anos.
No experimento, foi aplicado o Life’s Essencial 8 (LE8) — um índice criado pela AHA composto por hábitos saudáveis, introduzidos na vida dos pacientes para medir a saúde cardiovascular com base em oito métricas comportamentais e clínicas.
Com ele, foi avaliado se pessoas com diferentes níveis de saúde do coração (alta, moderada ou baixa) e risco genético para demência também divergiam quanto à saúde cerebral.
LE8: hábitos que melhoram a saúde cardiovascular
Boa alimentação.
Prática de atividade física.
Não fumar.
Dormir bem.
Manter peso adequado.
Controle de colesterol.
Controle de glicose no sangue.
Manter a pressão arterial sob controle.
Os resultados mostraram que participantes com saúde cardiovascular moderada ou alta apresentaram 15% menos risco de desenvolver comprometimento cognitivo leve e, quando comparados aos de saúde baixa.
Entre aqueles com alto risco genético, o efeito protetor foi ainda mais marcante: 27% menos chance de comprometimento cognitivo leve e 23% menos de demência. Além disso, na prática, quem tinha melhor pontuação nos oito fatores mostrou
A pesquisadora Xiu Wu, coautora do trabalho, destacou que “os genes não determinam o destino” e que mudanças de estilo de vida podem ajudar a se proteger mesmo com histórico familiar de Alzheimer.
Segundo os autores, o que é bom para o coração também é bom para o cérebro, mas lembram que o estudo ainda é preliminar. Ainda assim, o estudo reforça que cuidar do coração — por meio da — também pode ser uma estratégia eficaz para proteger o cérebro e preservar a memória em pessoas com diabetes tipo 2.
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Por: Metrópoles





