• Sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

64% dos pacientes têm remissão de leucemia grave com terapia genética

Estudo britânico identificou técnica com células imunes editadas que oferecem esperança para casos de cânceres incuráveis

Um novo tratamento genético trouxe avanços importantes para uma forma rara e difícil de tratar de câncer no sangue: a (T-ALL). Os resultados, publicados em 8 de dezembro pelo , mostram que células T modificadas em laboratório — chamadas CAR7 T cells — conseguiram reduzir a doença em todos os pacientes avaliados. 64% dos participantes apresentaram remissão. O estudo é britânico e foi conduzido pelo grupo que lidera pesquisas com terapias celulares no Reino Unido. e quando ela volta após o tratamento ou não responde às terapias convencionais, as chances de cura diminuem muito. Por isso, a busca por alternativas eficazes é urgente. O novo trabalho testou se seria possível criar uma terapia celular “universal”, produzida a partir de doadores saudáveis e geneticamente editada para atacar as células leucêmicas. Leia também Para isso, os pesquisadores utilizaram a tecnologia de base editing, um método de edição genética que altera pequenas letras do DNA sem fazer cortes no material genético. Essa precisão permitiu modificar as células T do doador para que elas não atacassem umas às outras e, ao mesmo tempo, reconhecessem a proteína CD7 — presente nas células tumorais — e as destruíssem. Resultados promissores contra a leucemia No ensaio clínico de fase 1, Muitos conseguiram avançar para o transplante de medula óssea, uma etapa que aumenta as chances de remissão duradoura. Os efeitos adversos observados, como síndrome de liberação de citocinas, queda nas células do sangue e algumas reações cutâneas, foram considerados manejáveis dentro do contexto de um tratamento de alta complexidade. Os autores explicam que desenvolver imunoterapias para leucemias de células T sempre foi um desafio, porque essas células tendem a se reconhecer mutuamente como alvo. , viabilizando a criação de células CAR “universais”, que podem ser aplicadas rapidamente em pacientes com doença grave. Embora os resultados sejam iniciais e ainda dependam de estudos maiores e acompanhamento prolongado, o trabalho marca um avanço significativo na área de terapias genéticas e celulares. Ele mostra que a combinação de edição de precisão com células CAR pode abrir novas possibilidades para cânceres que tinham poucas opções de tratamento.
Por: Metrópoles

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