• Terça-feira, 16 de dezembro de 2025

2 fatores combinados aumentam risco de morte aos 50 em 83%. Veja quais

Combinação de fatores forma um quadro silencioso que eleva risco de mortalidade após os 50 anos e desafia diagnóstico na prática clínica

Parte delas passa despercebida em consultas de rotina, mas podem esconder um risco alto. Um estudo recente indicou, por exemplo, que a combinação de duas condições comuns eleva em 83% o risco de morte nessa fase da vida. Segundo o estudo, ter acúmulo de gordura abdominal ao mesmo tempo em que leva a um ciclo vicioso que aumenta o risco de morte, especialmente por eventos cardiovasculares. Leia também A pesquisa publicada na revista , em 2024, resulta de parceria entre a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e a University College London. O trabalho analisou dados de aproximadamente 5 mil pessoas ao longo de 12 anos para entender quais fatores silenciosos poderiam ser mais prejudiciais à saúde. Isoladas, essas alterações já preocupam médicos. Juntas, revelam cenário mais grave. A combinação caracteriza a condição chamada obesidade sarcopênica, marcada por acúmulo de gordura e, com impacto direto na autonomia e na sobrevida. Os voluntários, todos participantes do Estudo Longitudinal Inglês sobre Envelhecimento (ELSA), tinham 50 anos ou mais no início da análise e foram acompanhados por 14 anos. A comparação mostrou diferença clara de desfechos. Pessoas sem gordura abdominal e sem perda muscular apresentaram menor mortalidade. Já participantes com ambas as condições tiveram risco de morte 83% maior durante o período observado. A perda progressiva de massa muscular sozinha levou a um aumento médio de 40% do risco e a obesidade abdominal teve um risco médio mais modesto, de 9%. Diagnóstico difícil A obesidade sarcopênica costuma ser difícil de identificar. O diagnóstico tradicional depende de exames caros, como ressonância magnética e tomografia computadorizada. Isso limita acesso em sistemas públicos e em regiões com poucos recursos. “Ao correlacionarmos os dados dos participantes do estudo ELSA, descobrimos que medidas simples podem ser utilizadas para detectar a obesidade sarcopênica”, afirma Tiago da Silva Alexandre, professor do Departamento de Gerontologia da UFSCar, em entrevista à Fapesp. “Isso é importante porque a falta de consenso sobre os critérios diagnósticos dessa doença dificulta sua detecção e tratamento”, diz o pesquisador. Para contornar isso, os autores do estudo adotaram critérios práticos. A obesidade abdominal foi definida por circunferência maior que 102 centímetros em homens e 88 centímetros em mulheres. A baixa massa muscular foi caracterizada por índice de massa muscular esquelética inferior a 9,36 kg/m² para homens e 6,73 kg/m² para mulheres. Esses parâmetros permitiram identificar grupos de maior risco de forma acessível. 2 fatores combinados aumentam risco de morte aos 50 em 83%. Veja quais - destaque galeria9 imagens Uma das principais dicas para conseguir massa muscular é ter equilíbrio energético, praticar musculação e se alimentar da forma corretaTer uma boa rotina de sono também é imprescindível, pois noites bem-dormidas favorecem o processo metabólico e promovem a recuperação do corpo após os exercícios físicosPara obter bons resultados, outra dica é contratar o acompanhamento de um personal trainer, pois ter a supervisão de um profissional capacitado para auxiliar no que de fato você precisa, dentro das limitações de seu corpo, é o segredo para alcançar êxito As atividades físicas promovem um aumento da capacidade cardiorrespiratória e no bem-estar geral, diminuindo a fraqueza. Além disso, ajudam a evitar câncer e diabetes. Para quem tem mais de 50 anos e deseja conseguir massa muscular, o crossfit é uma ótima opção Depois dos 40 anos, o corpo diminui a produção de hormônios, do tônus muscular e aumenta o acúmulo de gorduraFechar modal. MetrópolesCom o passar do tempo, o corpo entra em processo natural de envelhecimento e conseguir massa muscular pode ser um pouco mais complicado. No entanto, não é impossível. Quando combinado com bons hábitos alimentares e físicos, é possível conseguir massa magra1 de 9 Com o passar do tempo, o corpo entra em processo natural de envelhecimento e conseguir massa muscular pode ser um pouco mais complicado. No entanto, não é impossível. Quando combinado com bons hábitos alimentares e físicos, é possível conseguir massa magra Oleg Breslavtsev/ Getty Images Uma das principais dicas para conseguir massa muscular é ter equilíbrio energético, praticar musculação e se alimentar da forma correta2 de 9 Uma das principais dicas para conseguir massa muscular é ter equilíbrio energético, praticar musculação e se alimentar da forma correta EXTREME-PHOTOGRAPHER/ Getty Images Ter uma boa rotina de sono também é imprescindível, pois noites bem-dormidas favorecem o processo metabólico e promovem a recuperação do corpo após os exercícios físicos3 de 9 Ter uma boa rotina de sono também é imprescindível, pois noites bem-dormidas favorecem o processo metabólico e promovem a recuperação do corpo após os exercícios físicos Flashpop/ Getty Images Para obter bons resultados, outra dica é contratar o acompanhamento de um personal trainer, pois ter a supervisão de um profissional capacitado para auxiliar no que de fato você precisa, dentro das limitações de seu corpo, é o segredo para alcançar êxito 4 de 9 Para obter bons resultados, outra dica é contratar o acompanhamento de um personal trainer, pois ter a supervisão de um profissional capacitado para auxiliar no que de fato você precisa, dentro das limitações de seu corpo, é o segredo para alcançar êxito Thomas Barwick/ Getty Images As atividades físicas promovem um aumento da capacidade cardiorrespiratória e no bem-estar geral, diminuindo a fraqueza. Além disso, ajudam a evitar câncer e diabetes. Para quem tem mais de 50 anos e deseja conseguir massa muscular, o crossfit é uma ótima opção 5 de 9 As atividades físicas promovem um aumento da capacidade cardiorrespiratória e no bem-estar geral, diminuindo a fraqueza. Além disso, ajudam a evitar câncer e diabetes. Para quem tem mais de 50 anos e deseja conseguir massa muscular, o crossfit é uma ótima opção The Good Brigade/ Getty Images Depois dos 40 anos, o corpo diminui a produção de hormônios, do tônus muscular e aumenta o acúmulo de gordura6 de 9 Depois dos 40 anos, o corpo diminui a produção de hormônios, do tônus muscular e aumenta o acúmulo de gordura Jose Luis Pelaez Inc/ Getty Images Apesar disso, uma rotina saudável é capaz de gerar um círculo virtuoso, no qual os níveis de hormônio melhoraram, o corpo ganha massa magra e o indivíduo fica mais disposto7 de 9 Apesar disso, uma rotina saudável é capaz de gerar um círculo virtuoso, no qual os níveis de hormônio melhoraram, o corpo ganha massa magra e o indivíduo fica mais disposto Halfpoint Images/ Getty Images O consumo de proteínas também ajuda no ganho de massa muscular. No entanto, para conseguir alcançar o seu objetivo é necessário realizar o ajuste desse alimento consumido ao longo do dia8 de 9 O consumo de proteínas também ajuda no ganho de massa muscular. No entanto, para conseguir alcançar o seu objetivo é necessário realizar o ajuste desse alimento consumido ao longo do dia Jupiterimages/ Getty Images A ingestão de água também é extremamente importante para quem quer tonificar o corpo. Além de todos os benefícios que o líquido possui, as fibras musculares são compostas de 75% a 85% de água9 de 9 A ingestão de água também é extremamente importante para quem quer tonificar o corpo. Além de todos os benefícios que o líquido possui, as fibras musculares são compostas de 75% a 85% de água Guido Mieth/ Getty Images Riscos após os 50 anos A relação entre gordura abdominal e perda muscular cria um ciclo prejudicial. O excesso de gordura intensifica processos inflamatórios no organismo. Essa inflamação acelera alterações metabólicas e favorece a degradação do músculo. “Além de uma condição interferir na outra, a gordura se infiltra no músculo e ocupa seu espaço. Esse processo compromete funções metabólicas, endócrinas, imunológicas e funcionais do tecido muscular”, explica Valdete Regina Guandalini, professora da Universidade Federal do Espírito Santo e primeira autora do artigo. O trabalho indica que avaliações simples em consultas de rotina podem salvar vidas. Medidas acessíveis permitem triagem em larga escala, sem depender de tecnologia restrita a grandes centros. A pesquisa também reforça o papel do estilo de vida. Alimentação adequada e exercícios de força ajudam a preservar massa muscular e controlar gordura abdominal e, de quebra, aumentar nossa expectativa de vida.
Por: Metrópoles

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