11 de Setembro: avanço no DNA revela identidade de mais três vítimas

Três vítimas dos atentados de contra dois prédios do World Trade Center, conhecidos como as “Torres Gêmeas”, em , nos Estados Unidos, foram identificadas depois de quase 24 anos da tragédia. Com o reconhecimento feito por meio da análise avançada de de restos mortais recuperados das vítimas, o número de pessoas identificadas subiu para 1.653, mas ainda está longe de comprovar a identidade das 2.753 vidas ceifadas no ataque. As vítimas identificadas são: Ryan Fitzgerald, de Floral Park, em Nova York; Barbara Keating, de Palm Springs, na Califórnia; e uma mulher adulta, cujo nome não foi divulgado a pedido da família. Identificação por DNA As novas descobertas foram anunciadas na última quinta-feira (7/8) pelo prefeito nova-iorquino, Eric Adams, e pelo médico-legista chefe da cidade, Jason Graham. O trabalho de identificação dos restos mortais foi conduzido pelo Office of Chief Medical Examiner (OCME, na sigla em inglês) de Nova York. “A dor de perder um ente querido nos ataques terroristas de 11 de setembro ecoa ao longo das décadas, mas com essas três novas identificações, damos um passo à frente para confortar os familiares que ainda sofrem com a perda daquele dia”, disse Adams. Leia também De acordo com a OCME, as identificações resultam do contato contínuo com as famílias para obtenção de amostras de referência de DNA para análises. Foram usados recursos avançados do laboratório de DNA da cidade, operado pelo órgão. A coleta das amostras: A identidade de Fitzgerald foi confirmada por meio de testes de DNA de restos mortais recuperados em 2002. A identidade de Keating foi confirmada por meio de testes de DNA de restos mortais recuperados em 2001. A identidade da mulher adulta foi confirmada por meio de testes de DNA de restos mortais recuperados em 2001. O reconhecimento é o mais recente desde 2024. Cerca de 1.100 pessoas (40% das que morreram) permanecem não identificadas. O OCME também detectou 22 restos mortais ligados a pessoas previamente identificadas. Graham destacou que o compromisso de identificar os desaparecidos e devolvê-los aos entes queridos “permanece tão forte como sempre”. “Cada nova identificação atesta a promessa da ciência e o constante contato com as famílias, apesar do passar do tempo. Continuamos este trabalho como nossa forma de homenagear os perdidos”, afirmou o médico-legista. 11 de Setembro Em 11 de setembro de 2001, terroristas da Al-Qaeda, comandada por Osama bin Laden, lançaram aviões contra os dois prédios do World Trade Center. O atentado deixou quase 3 mil mortos, incluindo 19 sequestradores dos aviões. Horas depois da colisão contras as torres, um terceiro avião embateu contra o Pentágono, em Virgínia, matando 184 pessoas. Entre as vítimas, 125 eram funcionários do departamento de Defesa e 59 estavam no voo 77 da American Airlines, usado para o atentado. Todos os anos, os norte-americanos se reúnem no local das antigas torres para homenagear as vítimas. Além das mortes, milhares de pessoas desenvolveram câncer e doenças de pulmão, devido à nuvem tóxica que pairou durante semanas sobre o sul da cidade.